É doloroso assistir, atualmente, na civilização das massas, a angústia de que sofrem os jovens com a destruição de seus autênticos valores. Por ignorarem a própria estrutura, deixam-se fascinar, com facilidade, pelas aparências, condenam a mediocridade, principalmente nos pais; tem o estado mórbido da grandeza, mas não se aguentam nas alturas; ostentam autossuficiência, mas precisam do apoio dos adultos; refugiam-se no sonho e procuram prazeres que despertem fortes sensações. Com tal procedimento, embotam as nobres qualidades do espírito.
Toda pessoa possui, por uma tendência natural, a noção do valor. Essa noção, porém, é, muitas vezes, deturpada por ser consequência da vida que leva cada indivíduo.
O interesse por uma necessidade profunda é o que se chama valor, trate-se de ideia ou realização, objeto ou pessoa.
Conhecer as vantagens e os perigos que encerra o valor, ter capacidade de escolher pela exigência superior ou pelo contentamento de um capricho é a grande luta entre o valor positivo e o negativo, é a grande luta em que se debatem os jovens. Gostam, exageradamente, da música, da dança, do espetáculo e do esporte, mas desperdiçam não só o tempo como o dinheiro e a saúde. Não se conformam com a hipocrisia dos outros, mas mentem, dissimulam e são infiéis aos compromissos.
Será possível assentar um plano de vida com tais reações? Selecionar os valores positivos depois de ter conhecimento do verdadeiro significado da vida torna-se difícil para os adolescentes, visto o estado de anarquia em que se encontra a sociedade.
O jovem de hoje está muito exigente - Por Olga Brandão de Almeida
Colaboração: Rute Helena Macário