Todos que têm um pensamento esclarecido, um juízo equilibrado e
uma vontade educada, possuem também um desejo de ajudar aos pais na difícil
tarefa de educar.
Atravessa-se uma época de real progresso material que está a
exigir dos educadores uma mentalidade com justo equilíbrio. Não é demais
lembrar aos pais que no conhecimento de si próprio está o domínio do espírito
sobre a matéria. Isso é tão importante, que leva o indivíduo a fazer triunfar,
à sua volta, o poder moral sobre a força bruta.
Sombrios espetáculos oferecem, às vezes, alguns programas de
televisão arranjados, talvez, à última hora, por pessoas inescrupulosas, nos
quais mocinhas se apresentam no palco, expondo uma coreografia de baixo nível.
Sombrios espetáculos são também os das adolescentes que, acompanhadas dos namorados, perambulam pelas ruas, numa indumentária e intimidade que fazem estarrecer.
Felizmente, esse grupo ainda é pequeno e assim procede porque os
pais ou parentes são incapazes de impedi-las de tomar parte em tais exibições.
Se a responsabilidade cabe à Censura, recai, principalmente,
naqueles pais que jogam os filhos fora do lar por comodidade.
Surge, ainda, na atualidade, uma poderosa influência exercida
por grupos de infelizes adolescentes que vivem às soltas, perdidos na confusão
de uma sociedade mal orientada.
O abandono em que se encontram constitui um dos
grandes males sociais cuja terapêutica se torna dia a dia mais complexa.
Por um curioso fenômeno de confusão mental, paira no espírito de
certos pais e educadores a noção de moral sem nenhuma ligação com os fatos. É
uma particularidade inquietante no adulto, mas um fato comum no adolescente.
A adolescência é uma fase de transição tão complexa que chega ao
ponto de confundir o falso e o verdadeiro. Há, nesse período da vida, uma
acentuada expansão física e mental; desenvolvem-se, ao mesmo tempo, o corpo e a
mente.
O adolescente tende ao exagero e, para corrigi-lo, de nada adiantam a
indignação, a cólera, nem longas explicações, mas a habilidade de ligar um espírito
a outro espírito.
Esquecem-se, muitas vezes, os pais de que educar não é modelar a
seu bel-prazer. A massa é animada por uma força viva que se chama espírito e
que, nem sempre, aceita a forma que lhe querem dar!
Educação é trabalho lento que exige do educador um grande esforço
moral.
Sermões hoje são coisas passadiças que nada significam diante do
valor de uma função moral! Esta se revela quando se consegue tirar de um
defeito uma dose de virtude.
Não é por meio de conflitos entre pais e filhos que se corrigem
falhas. Os conflitos podem até gerar defeitos irreparáveis.
Educar é criar relações tão sadias que despertem nos filhos o gosto
de aperfeiçoamento.
Sombrios obstáculos
Por Olga Brandão Cordeiro de Almeida
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